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23 de março de 2017
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23 de março de 2017

Hy-Line: Ovos made in Nova Granada

A galinha põe o ovo e ponto final. Se você achava que o passo era apenas esse, se enganou. A Hy Line, uma multinacional especializada em tecnologia genética no ramo da avicultura, mostra que o processo é bem mais elaborado. Não é à toa que a empresa produz matrizes e pintadinhas de alta qualidade genética para produtores de ovos e detém 35% do mercado mundial. “Hoje a Hy Line investe U$S 5 milhões em pesquisa no centro de tecnologia dos EUA, anualmente”, afirma Paulo Roberto dos Santos Leite, gerente administrativo financeiro da filial brasileira. A empresa, instalada em Nova Granada, noroeste paulista, produz dois milhões de pintadinhas de postura por mês. A região de São José do Rio Preto foi escolhida por apresentar características únicas para o sucesso do empreendimento: está no estado de SP, o maior consumidor dos produtos, possui facilidades na logística de distribuição, isolamento em relação à outras culturas avícolas, entre outros.Trabalha com a venda aos granjeiros e também com exportações. De acordo com Paulo Roberto, toda a estrutura é auto-suficiente. “Além do prédio administrativo, temos dois incubatórios e duas fazendas, onde produzimos as matrizes e fazemos a ração balanceada para crescimento e manutenção de nossas matrizes e avós.” O processo começa com a importação das “avós” dos Estados Unidos com apenas um dia de idade. Em seguida elas seguem para a “granja avoseira”. No local as “avós” produzem os ovos incubáveis que vão para o incubatório de matrizes. De lá saem pintadinhas e matrizes que vão para a fazenda matrizeira da Hy Line ou para clientes internacionais. Finalmente, os ovos produzidos nesta fazenda matrizeira vão para o incubatório comercial, de onde são produzidas as pintadinhas comerciais e vão para todo o território brasileiro. As aves com um dia de vida vão para os clientes. A granja matriz possui um plantel estimado em 300 mil matrizes e do incubatório comercial saem 24 milhões de pintainhas no mesmo período. A biosegurança é um fator fundamental para o sucesso do empreendimento. Automóveis só entram nos locais de produção depois de passar por um sistema de higienização dos veículos com água e desinfetante. O mesmo acontece com as pessoas. As roupas são colocadas de lado e um belo banho é dado no visitante. “Em seguida ele coloca uma roupa esterilizada da própria empresa e pode transitar dentro dos locais de segurança sem comprometer a criação com agentes biológicos”, afirma o gerente. Nas fazendas o processo se repete. “Um caminhão com esterco jamais vai passar pela mesma estrada por onde vem a ração”, explica. Já os funcionários recebem recomendações para evitar problemas. Começa com noções de higiene e passa pela proibição de criação de qualquer tipo de ave na casa do empregado. Isso evita a proliferação de doenças que possam atingir os pintinhos. “Inclusive é uma questão que pode dar demissão por justa causa”, avisa Paulo Roberto.